DEPRESSÃO
- Diego Ciriani

- 14 de jun. de 2024
- 3 min de leitura
Sintomas de depressão:
O que você precisa conhecer
A depressão é um transtorno mental comum, caracterizado por uma sensação persistente de tristeza, perda de interesse em atividades que antes eram prazerosas e uma falta geral de energia. Ela pode afetar a maneira como você pensa, sente e se comporta, podendo causar problemas como dificuldade para dormir, mudanças no apetite, cansaço extremo e dificuldade de concentração.
As causas da depressão são variadas, incluindo fatores genéticos, desequilíbrios químicos no cérebro, eventos traumáticos, estresse crônico e até certas condições médicas.
Com o tratamento adequado, é possível gerenciar os sintomas da depressão e melhorar significativamente a qualidade de vida.
Depressão não é tristeza
Ficar triste é uma condição normal da vida. Esse sentimento está ligado à vivência de situações que geram angústia ou frustração. Sentir desânimo e melancolia depois de perder um emprego, tirar nota ruim em uma prova ou terminar um relacionamento, por exemplo, é comum.
Em alguns momentos, as pessoas podem experimentar uma tristeza mais profunda. Por exemplo, quando precisam lidar com a morte de alguém querido. Embora haja uma tendência a tratar o luto como doença, é importante respeitar o tempo que cada um precisa para se recuperar.
As pessoas que desenvolvem um transtorno depressivo têm sintomas que vão além da tristeza.
A depressão é um desequilíbrio nos neurotransmissores, o que causa alterações nas respostas emocionais, principalmente aquelas relacionadas ao prazer e bem-estar.
Diferente da tristeza temporária, no diagnóstico da depressão é verificada a existência de sintomas por pelo menos seis meses. Além disso, em um quadro depressivo há comprometimento de diversas atividades da vida cotidiana, como os relacionamentos sociais, o trabalho, o sono, a alimentação, etc.
Sintomas da depressão
Na condição da depressão, manifestam-se tanto sintomas psicológicos como físicos. Entre eles, os mais comuns incluem:
humor deprimido e alterações do afeto: o indivíduo experimenta tristeza constante, com uma redução significativa da capacidade de sentir prazer em atividades que antes eram fonte de satisfação. Além da tristeza, é comum a manifestação de apatia e anestesia emocional, fazendo com que a pessoa reaja pouco ou nada às situações ao seu redor.
sintomas físicos: prevalece a falta de energia, lentidão nos movimentos e uma sensação constante de cansaço. Embora a inquietação possa ocorrer, é menos frequente. Também são notadas variações no padrão de sono, como um aumento na sonolência e modificações no apetite, podendo resultar em ganho ou perda de peso.
desempenho cognitivo: pode incluir piora da memória, dificuldade de concentração, e insegurança na tomada de decisões.
pensamentos negativos: tornam difícil para o indivíduo perceber os aspectos positivos do dia a dia.
Depressão não é frescura,
é algo mais grave do que parece
Infelizmente, muitas pessoas ainda negligenciam a depressão, considerando como frescura ou falta de força de vontade. É indispensável reconhecer a gravidade dessa doença e oferecer apoio às pessoas que lutam contra ela.
Segundo a Organização Mundial da Saúde, o Brasil é o país com mais casos de depressão de toda a América Latina. Entre os brasileiros, 5,8% (11,5 milhões) sofrem de transtorno depressivo. No mundo, são 4,4%. Nos últimos anos, esse número só cresce.
O suicídio é uma das vinte maiores causas de morte no mundo — entre jovens de 15 a 29 anos, ele é a segunda. Esses são dados alarmantes que chamam a nossa atenção para a urgência em identificar e tratar a depressão com o cuidado que ela merece.
Tratamento da depressão
O tratamento da depressão pode envolver uma abordagem multidisciplinar, adaptada às necessidades individuais do paciente. Os métodos de tratamento mais comuns incluem:
abordagem psicológica, como a terapia cognitivo-comportamental (TCC)
uso de medicamentos antidepressivos, prescritos por um médico
estratégias de autocuidado, como a prática regular de exercícios, alimentação saudável e gerenciamento do estresse
Além disso, o apoio social desempenha um papel crucial, com a participação da família e amigos na recuperação. É fundamental que o tratamento seja supervisionado por profissionais de saúde mental para garantir sua eficácia.



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